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Balanço do congresso do Partido Comunista

 

Nos dias 30 de junho, 01 e 02 de julho de 2023 foi realizado o Congresso de fundação do Partido Comunista. A fundação é uma iniciativa de três ligas de trabalhadores comunistas: a Liga Marxista, a Liga Comunista e a Liga Socialista. Após um processo de fusão de mais de um ano o Congresso foi finalizado e contou com a presença de camaradas do Pará, Ceará, Pernambuco, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul, portanto, oito Estados do país das regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul.

O fórum reuniu professores das redes públicas federais, estaduais, municipais e universitários; operários da construção civil; petroleiros; trabalhadores aposentados; comerciários; bancários; programadores e trabalhadores técnico-administrativos de universidades.

O Congresso recebeu, em sua abertura, saudações de organizações e ativistas do Brasil e do mundo.

Como delegações internacionais, participaram diretamente da abertura do Congresso:

Ian Donovan - Consistent Democrats - Grã Bretanha;

Robert Montgomery – Consciência de Classe (Class Consciencious) - EUA

Davey Heller – Consciência de Classe (Class Consciencious) - Austrália

German Motta – Tendência Militante Bolchevique da Argentina.

Enviaram saudações por escrito:

Partido dos Comunistas dos EUA;

Grupo Bolchevique – Coreia do Sul;

Luta Socialista (Socialist Fight) – Grã Bretanha

Também participou da abertura o companheiro Marcelo D'Agostini, um dos fundadores do PT e da CUT, presidente do Sindicato dos Bancários de BH e região em 1987, Secretário Geral da CUTMG 1992, ex-militante da OSI 1979-1982, ex-militante da corrente Democracia Socialista 1983-1989.

Como tradutores simultâneos da atividade o Congresso dispôs do trabalho voluntário dos camaradas Vinícius Sobral, estudante universitário, e Raphael Bertoche, programador.

Enviaram vídeos com saudações os camaradas:

Pedro Paulo – Luta Pelo Socialismo (LPS) – Minas Gerais

Ildebrando José Paranhos, diretor do Sindiupes, Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo; Corrente Militância Socialista – Espírito Santo;

José de Lima Soares, ex-membro da oposição metalúrgica da cidade de São Paulo, o MOMSP, um dos fundadores do PT e hoje Professor da Universidade Federal de Catalão- Goiás;

Pedro Barbosa, ex-membro da oposição metalúrgica de São Paulo (MOMSP), militante do movimento negro e atualmente professor universitário em Minas Gerais;

Antônio Sérgio Guimba, um dos fundadores do PT, ex-militante da OSI, participou do comando de greve dos bancários em 1979.

Das três organizações que construíram o processo de fusão, cada uma possui uma trajetória própria, uma tradição política e se encontram em Estados distintos do país. Inclusive, até o início do processo de fusão, pode-se dizer que também pertenciam a tradições internacionais distintas como a 3ª, a 4ª Internacionais e Liga pela 5ª Internacional. As três organizações deliberaram por se dissolver e a partir de então construir o Partido Comunista, um partido revolucionário de quadros que terá como órgãos de divulgação de suas ideias principalmente o site Folha da Classe Trabalhadora (http://www.folhadotrabalhador.org/) e o canal de vídeo Emancipação do Trabalho (https://www.youtube.com/@emancipacaodotrabalho1913).

Com base no debate e no estatuto, aprovado no seu primeiro Congresso, o Partido Comunista é uma organização marxista que luta pela superação do capitalismo, pelo estabelecimento da Ditadura do Proletariado e pela conquista do socialismo mundial.

O Partido Comunista também compreende que o materialismo-histórico-dialético se faz pensando as questões do tempo presente. Por isso defendemos o pensamento decolonial marxista que pensa as lutas de classes a partir de nosso lugar e as contradições e conflitos históricos que nos formaram e que devem ser combatidos para que possamos, realmente, nos tornar uma nação igualitária, soberana e ciente de seu papel na geopolítica mundial. A luta da classe trabalhadora é sempre nacional e internacional.

É preciso reavivar o conceito de lutas de classes dos trabalhadores contra a burguesia em todos seus aspectos. O pensamento liberal e neoliberal tenta obliterar essa compreensão com o intuito de confundir e dividir a classe trabalhadora. O chamado de Marx e Engels para a união continua absolutamente atual.

No processo de construção, a fusão que se consumou no Congresso conseguiu superar assédios políticos externos e manobras de uma outra organização que fazia parte do processo, ações que visavam desviar o potencial da construção da nova organização através da cooptação para essas organizações já existentes. O resoluto rechaço a essas tentativas liquidacionistas do processo de fusão deu mais coesão e firmeza ao nascimento do Partido Comunista.

Para além das digressões sobre as vertentes trotskistas e stalinistas, entendemos que devemos olhar histórica e dialeticamente para a nossa realidade atual e vislumbrar a necessidade de unir forças para combater nossos inimigos em comum. O Partido Comunista visa agregar as forças de esquerda nacionais e internacionais para construirmos uma nova Internacional Comunista.

Viva a revolução!

Viva o Partido Comunista!

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