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Cresce Solidariedade à Cuba no Brasil!



No mês de junho foram organizadas em várias cidades do Brasil as Conferências regionais e estaduais de Solidariedade à Cuba que desembocaram na XXVI Conferência Nacional de Solidariedade à Cuba realizada em Belém do Pará.

Fazem parte da organização desse processo dezenas de lutadores organizados no MST, sindicatos, torcidas organizadas antifas, organizações de esquerda como a Arma da Crítica, a UP, PCdoB, PCB, etc. O Comitê de Ligação, através da Liga Comunista, também esteve presente e contribuiu para esse processo.

Cuba, em particular, seguida por Venezuela e Nicarágua, e a América Latina, em geral, têm sido alvo de uma disputa cada vez mais encarniçada em meio a escalada da guerra fria 2.0, disputa que aponta para a deflagração de uma terceira guerra mundial.

O sistema imperialista global, hegemonizado pelos EUA, entrou em decadência desde a crise de 2008 e não se recuperou desde então.

Simultaneamente, países como China e Rússia estreitaram laços de cooperação e vêm rivalizando em todos os terrenos contra o sistema mundial imperialista decadente.

Cuba, Venezuela e Nicarágua são as nações mais antagônicas aos EUA, geopoliticamente, na América Latina. Desde 1959, a ilha caribenha o principal exemplo para as demais nações do continente americano e africano de como enfrentar e derrotar o imperialismo através de uma revolução socialista.

O movimento de solidariedade a Cuba tem crescido no Brasil em paralelo com a luta contra o fascismo e o capitalismo. Em algumas cidades, como Campinas/SP, foram organizadas convenções de solidariedade à Cuba pela primeira vez.


Abaixo reproduzimos a Carta de Campinas

 

CARTA DE CAMPINAS

SER SOLIDÁRIO A CUBA É DEFENDER O BRASIL

(Aprovada na 1ª Convenção Campineira de Solidariedade a Cuba)


Desde 2008, quando explodiu a última grande crise mundial do capitalismo, as potências imperialistas, Estados Unidos à frente, agravaram suas tendências belicistas. Instrumentalizando o descontentamento popular, em nome da democracia e do combate à corrupção o imperialismo apoiou e patrocinou uma onda de Revoluções Coloridas pelo mundo. Paraguai, Honduras, Líbia, Síria, Ucrânia etc., foram alvos de ações desestabilizadoras que aprofundaram a crise social vivida por essas nações, afundando-as em guerras violentas e destruidoras.

O Brasil foi parte desse ataque. Nosso povo foi, a partir de 2014, vítima de um lawfare que, em nome do combate à corrupção, fez emergir um discurso reacionário que facilitou a emergência de forças claramente fascistas ao poder de governo. Assim como facilitou, também, a aplicação de um ajuste ultraliberal que destruiu os direitos sociais e trabalhistas, o que agravou nossa condição dependente e subordinada no sistema imperialista.

Cuba não passou incólume a esse processo. Com o governo Trump, a partir de 2017, foram aplicadas mais de 240 medidas voltadas a recrudescer o bloqueio econômico. Nem mesmo durante a pandemia da covid 19 o bloqueio foi atenuado. Muito pelo contrário, prevaleceu uma política de rancor e ódio dos Estados Unidos contra Cuba, que buscou aumentar as dificuldades econômicas do povo da Ilha para que este se levantasse contra a Revolução.

Porém, mais uma vez esse intento do imperialismo foi derrotado. O alto grau de consciência revolucionária do povo cubano supera as dificuldades impostas pelo bloqueio. Porque, como ensina José Martí, o apóstolo da independência cubana, “Trincheiras de ideias valem mais que trincheiras de pedras”. Foi assim, calcados na força de suas convicções que o povo cubano, em 2021, derrotou uma nova tentativa de desestabilização interna por meio de manifestações violentas executadas por mercenários e indivíduos contra-revolucionários apoiada pelos Estados Unidos. Esses gusanos queriam se aproveitar das dificuldades vividas pelo povo cubano no contexto da pandemia para criar um clima que justificasse uma intervenção gringa no país.

Não tenhamos dúvidas de que o imperialismo seguirá com seu intento de destruir a Revolução. É-lhe insuportável que em seu “quintal” uma pequena Ilha banhada de rebeldia e dignidade desafie a maior potência militar do Planeta. O que os imperialistas gringos temem é que o exemplo socialista de soberania nacional e popular do povo cubano, cujas conquistas sociais garantidas pela Revolução colocam Cuba à frente de todos os países latino-americanos, espalhe-se e sirva de exemplo por toda a Pátria Grande. Para isso se utilizam de todo o arsenal midiático que controlam para difundir mentiras sobre a Revolução e suas conquistas.

Por isso somos solidários à Revolução Cubana. Defendê-la da ingerência do imperialismo estadunidense significa, também, defender a soberania de todos os povos da América Latina e Caribe. Todos os nossos países, a exceção de Cuba, somos vítimas de uma política imperial que nos quer manter em uma condição dependente e, em certo sentido, colonial. Cuba é um farol que aponta o caminho daquilo que a América Latina pode ser e que com certeza será. Por isso defender Cuba, ser solidário com a luta do seu povo e com uma experiência de construção socialista única em nosso continente, também é uma forma de defendermos o Brasil.

VIVA CUBA! VIVA O BRASIL! ABAIXO O BLOQUEIO!

Campinas 03 de junho de 2023


Para saber +

Fora o Imperialismo da América Latina, em Defesa de Cuba!

Não ao 15N Gusano! Rechaçar à mobilização Gusana de 15/11, que faz parte da guerra híbrida do imperialismo contra Cuba! Pela defesa incondicional do estado operário cubano! Declaração do CLQI

"Fazer do Brasil uma grande Cuba!" O fantasma da revolução cubana e um "maldito" panfleto da LC


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