PERNAMBUCO: informe da campanha salarial dos operários da Construção Civil 2023
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Recentemente a CNI fez uma sondagem que constatou entre o patronato do ramo da construção civil: em cada 10 empresários 4 apontavam a política vertiginosa de juros como inibidor do crescimento da atividade econômica no setor.
Diferentes ramos industriais, incluindo o setor da construção civil, amargam uma acentuada desaceleração. Em alguns casos, um semiparalisia da atividade econômica. Os setores que se estacam são de habitação popular, ou seja, imóveis destinados para a chamada “baixa renda”, que tem salários em um patamar até 2 ou 3 salários mínimos, onde se encontram quase 90% da população brasileira. Isso expõe tanto o porquê da estagnação da construção de imóveis para a quase totalidade da população, quanto a elevação dos custos de alugueis e o crescimento da imensa massa de pessoas sem teto ou em situação de rua.
Esta recessão, todavia, não afeta o setor da construção de alto- padrão. Este setor responde pela construção de imóveis de luxo com preços exorbitantes do metro quadrado construído, onde esta recessão não se reflete e os IVV (Índice de Velocidade de Vendas) não refrearam. Ao contrário, tiveram acréscimos entre 20% e 30% em média nas principais capitais e áreas metropolitanas do país, com destaque para São Paulo, Recife, Salvador e Fortaleza.
Em Pernambuco, a campanha salarial 2023 da construção civil patina no impasse. Não apenas sob o impacto da recessão no ramo, mas sobretudo pela intransigência patronal pois, após a primeira assembleia em 23 de março último, tentam em vão vencer a categoria pelo cansaço, respondendo com o silêncio de cemitérios às reivindicações que há mais de um mês foram enviadas na pauta de negociação pelo Marreta (sindicato dos trabalhadores) a sua representação o SINDUSCOM/ADEMI.
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