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Dia de greve nacional da educação


Por Antonio Marcondes
(Gposshe-UECE e professor de História do município de Fortaleza).

Hoje (26 de abril/2023), a categoria docente em todo o Brasil saiu às ruas para protestar em favor de mais direitos, melhores condições de trabalho e contra o desmonte da educação pública promovida pelo governo Bolsonaro nos últimos quatro anos. Diante da nova conjuntura política ocasionada pela subida ao Palácio do Planalto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o conjunto dos trabalhadores e trabalhadoras do ensino público do país, se mobilizam para garantir mais recursos e diálogo com os representantes do poder, tendo em vista a necessidade urgente de se pautar uma reforma progressista no setor.

Em Fortaleza-CE, os professores e professoras da rede pública municipal e estadual de ensino, somaram forças num ato que começou na Praça da Imprensa e se dirigiu à Assembléia Legislativa do Ceará. Dentre as pautas do movimento encontra-se: 1) a revogação do novo ensino médio, considerado um verdadeiro retrocesso, pois além de legitimar e reproduzir os interesses dos “tubarões da educação”, tal reforma vulnera a formação dos estudantes, uma vez que a diminuição da carga horária das disciplinas tradicionais em favor das chamadas “diversificadas”, provoca um verdadeiro esvaziamento e rebaixamento de conteúdos; 2) o Sindiute cobra do prefeito Sarto (PDT) a implementação imediata do reajuste do piso salarial, com previsão apenas para setembro próximo, sem retroativo, o que tem deixado a categoria revoltada com tamanho descaso, nesse sentido, também expressam repúdio aos ataques às escolas no Brasil e o discurso de ódio da extrema-direita, mais recursos para o ensino público, valorização docente e eleição para os gestores escolares; 3) o sindicato Apeoc por sua vez, reclama “a defesa de uma escola pública emancipadora e valorizada, além da luta pela garantia de novas fontes de recursos para a Educação, implantação das Diretrizes Nacionais de Carrreira e pelos Precatórios do FUNDEF”.

A luta pela valorização docente e melhores condições de trabalho nas escolas, bem como, mais investimento em segurança pública, mais bibliotecas, aumento de recursos para o financiamento da educação básica e contra a herança maldita deixada pelo governo do genocida Bolsonaro, são reivindicações que estão presentes na agenda de mobilização dos educadores e educadoras de todo o Brasil. Aqui em Fortaleza, a luta não vai parar. Que o governo Lula, eleito com o amplo apoio das bases sociais do país e seu ministro da educação, o cearense Camilo Santana, cumpram as promessas de campanha de melhoria significativa da educação pública do Brasil.

“Teoria sem a prática de nada vale, a prática sem a teoria é cega” (Lênin).

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