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ORGANIZAÇÕES POPULARES: Luta em Defesa do Território, da Água e da Casa Comum



Equipe de Comunicação da OPA.


No Dia Mundial da Água, comunidades celebram luta em defesa da Casa Comum e cobram do governo do Ceará respostas concretas para os graves problemas sentidos


Em 22 de março, Dia Mundial da Água, no município de Fortim-CE, a Organização Popular – OPA, junto com inúmeras organizações e comunidades, realizaram a Celebração da Luta em Defesa do Território, da Água e da Casa Comum.

Participaram representações de comunidades de todo o Ceará e de outros estados. Freiras, padres, pastores, políticos também se fizeram presentes. A mistura de cores foi embalada por canções da luta popular e por falas de compromisso com a defesa da vida em sua plenitude. São pessoas que já fazem em seu cotidiano o que pregam. Afinal de contas, “a melhor maneira de dizer é fazer”.

A mística advinda da união do povo oprimido e explorado contra o sistema do capital, que massacra a maioria da população e destrói impiedosamente a natureza, foi de arrepiar do começo ao fim. Em resposta às constantes ameaças de morte que trabalhadoras e trabalhadores têm sofrido, as comunidades cantaram em uníssono: “O risco que corre o pau corre o machado, não há o que temer, aqueles que mandam matar também podem morrer”, canção do sempre camarada Luiz Vila Nova.






Todos e todas deputados estaduais que se dizem de esquerda receberam convites em mãos em seus gabinetes, mas apenas o deputado Renato Roseno compareceu. Também esteve presente o vereador de Fortaleza, Gabriel Biologia. Ambos saudados entusiasticamente pelo povo. “Sabemos quem está verdadeiramente de nosso lado em momentos como este, quando o nó aperta”, declarou Maria Gomes, da comunidade Dom Fragoso, de Jaguaruana.

João Alfredo, conhecido militante da classe trabalhadora e atualmente superintendente do IDACE – Instituto do Desenvolvimento Agrário do Ceará, ao tratar dos graves conflitos ora existentes em Fortim, comprometeu-se ao microfone em resolver a situação em favor dos guardiões e guardiãs da biodiversidade e autênticos donos do território: o povo nativo.

Lideranças comunitárias se sucederam em denúncias que revelaram flagrantes crimes contra a vida, cometidos por grandes projetos empresariais instalados no Ceará. Ao final, leu-se uma carta, escrita por todas estas mãos e endereçada ao governador Elmano de Freitas, cobrando, “com a paciência que as condições acima descritas permitir”, o agendamento de uma audiência de encaminhamento com a comissão das organizações populares participantes. “Temos propostas concretas de superação dos problemas sentidos. Esperamos que o governador não unja suas mãos com o sangue da omissão”, ponderou Elen Silva, atingida pelos crimes cometidos com a construção da Barragem de Fronteiras, em Crateús.



Padre Lopes encerrou a Celebração com uma grande ciranda, simbolizando o compromisso coletivo com a luta do povo em defesa da Casa Comum.

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