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No capitalismo os mais pobres sofrem mais: milhões moram em áreas de risco



Segundo dados de 30 de janeiro do Serviço Geológico do Brasil vinculado ao Ministério de Minas e Energia, pelo menos 3.938.831 de pessoas moram em 13,5 mil áreas de risco. Essa é apenas uma aproximação parcial. A realidade tende a ser pior, porque não leva em consideração todo o território nacional.

De acordo com monitoramento, há no mínimo 9.497 áreas de risco alto e 4.078 de risco muito alto. As regiões para onde vão morar os mais pobres são marcadas pelos seguintes problemas geológicos: deslizamento, em 7 mil áreas; inundação, em 4,4 mil; erosão, em 806; enxurrada, em 412; e queda, em 398.

Cinco estados concentram a maioria das regiões de risco: Santa Catarina, com 2,9 mil; Minas Gerais, com 2,8 mil; Espírito Santo, com mil; São Paulo, com 848; e Pará, com 819. Entre os municípios, destacam-se Ouro Preto (MG), com 313; Nova Friburgo (RJ), com 254; Brusque (SC), com 199; Jaboatão dos Guararapes (PE), com 193; e Joinville (SC), com 140.

Dois movimentos próprios do capitalismo são responsáveis pelas tragédias recentes: a especulação imobiliária que agride o meio ambiente a serviço do lucro e a tendência de rebaixamento do valor da força de trabalho que empurra milhões para áreas de risco sem saneamento, escolas, saúde, sistema de transporte e segurança.

Somente uma reforma urbana radical sobre o controle dos trabalhadores garantirá melhores condições de vida para a maioria da população brasileira.

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