Defender Lula contra o imperialismo, o golpismo e a oposição burguesa! Só a mobilização garantirá as reivindicações populares!
A força do proletariado brasileiro, o exemplo de nossos irmãos venezuelanos e a luta contra o golpismo e o imperialismo
Do ponto de vista da classe trabalhadora mundial, o Brasil possui o maior batalhão proletário da América Latina. No continente americano, no quesito tamanho da força de trabalho, o Brasil, com 100 milhões de trabalhadores, só perde para os EUA, de 164 milhões, segundo dados do Banco Mundial (2021). Note-se que a força de trabalho é uma parte do conjunto da classe trabalhadora. O Brasil possui uma das maiores centrais sindicais e um dos maiores movimentos camponeses do mundo, a CUT e o MST. Em 2021, o movimento dos povos indígenas do Brasil conseguiu realizar o maior protesto de povos originários do planeta, reunindo seis mil indígenas de 170 etnias.
A força de trabalho da Venezuela, por exemplo, corresponde a 10% da brasileira. Nossos irmãos tão demonizados e ameaçados pelo imperialismo possuem uma força social, organizações sociais e políticas bem menores e de menor tradição na luta de classes. Todavia e talvez até por essas debilidades, o chavismo vem se precavendo contra os inimigos com muito mais rigor e eficácia, apesar de suas limitações de classe e ideológicas. Desde o início desse século, antes mesmo do primeiro governo Lula, governos chavistas vêm sendo ameaçados pelo golpismo da oposição de direita e do imperialismo. Em 2022, as massas abortaram um golpe de Estado e reconduziram Chavez a presidência.
Desde então, o chavismo vem, à sua maneira, promovendo o armamento político e ideológico da população, o armamento militar do povo, vem desmobilizando golpes parlamentares e dissolvendo o Congresso de direita, impulsionando assembleias constituintes populares, estreitando laços com governos inimigos do imperialismo como Cuba, China, Rússia, Nicarágua e Irã. Desse modo, com muito menos poder social, o chavismo vem resistindo muito melhor que o petismo as investidas da direita.
O governo de extrema direita de Jair Bolsonaro não conseguir quebrar a imensa força do proletariado brasileiro. O governo Lula propõe-se a ser um governo de união nacional, unindo classes inconciliáveis. Essa é sua maior fragilidade. O imperialismo e a burguesia, na atual crise do sistema do imperialismo, não toleram concessões e direitos à classe trabalhadora e deram início a um novo ciclo de acumulação de capitais, de expropriações dos direitos históricos do conjunto da população trabalhadora. Esses exploradores, farão de tudo para chantagear e impedir qualquer ação progressiva do governo Lula. Poderão utilizar os cães raivosos do golpismo bolsonarista, como já o fizeram desde 2013 e agora, mesmo depois do oito de janeiro, se recusam a desarmá-los militar, política e economicamente.
Mas, a maior classe trabalhadora latino-americana possui muitos recursos para derrotar o imperialismo, o fascismo e o capital. Todavia, precisa superar as ilusões na conciliação com esses inimigos, ilusão que domina sua tradição política, sua consciência e suas direções políticas. Apesar de sua força, nossa classe trabalhadora e nossos povos oprimidos, estão hoje submetidos a miséria e a fome, sofrida por mais de 30 milhões, incluindo os índios ianomâmis (deliberadamente ameaçados de extinção pelo projeto fascista), a expropriação o saque praticado pelo capital. Para debelar tudo isso e diante disso, só há uma saída para os trabalhadores: organização, mobilização e luta!
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