Esmagar Bolsonaro e o Golpismo no primeiro turno!
Editorial e Programa Jornal Folha do Trabalhador n° 35
Falta pouco para derrotarmos eleitoralmente Bolsonaro e o golpismo. Dia 2 de outubro é muito importante. É o primeiro passo para uma nova na luta dos trabalhadores por seus direitos e interesses.
A luta vai além do primeiro turno das eleições, mas é importante derrotar Bolsonaro ainda no primeiro turno. É preciso uma grande votação para esmagar o golpismo.
Mas, não só isso. Vamos organizar comitês de luta por emprego, trabalho, saúde, educação e terra. Cada voto em Lula é um não a exploração e opressão de nosso povo. Cada voto em Lula faz parte da luta por reconquistar o que perdemos em todos os últimos anos. Isso porque a luta eleitoral também expressa a luta de classes. Mesmo de forma distorcida.
Apesar dos limites reformistas da candidatura de Lula, ela é o único instrumento para derrotarmos o bolsonarismo agora e no terreno das eleições burguesas. Não podendo contrapor-se a força de massas do lulismo, que expressa todo o descontentamento da população contra as desgraças a que foram submetidas pelo governo Bolsonaro, a burguesia vem tentando disciplinar e cooptar a candidatura de Lula.
Já deu para perceber que a maioria das outras candidaturas (Ciro, Tebet, ...) são puxadinhos do bolsonarismo. Seu objetivo é atacar Lula e os trabalhadores, defendendo os interesses da burguesia brasileira e do imperialismo. E principalmente, estão mantendo suas candidaturas para impedir que Lula ganhe logo no primeiro turno.
Quanto as candidaturas alternativas, ditas de esquerda, como as do PCB, PSTU e UP, não passam de fantasmas. Elas não dialogam com os milhões que votam em Lula. No fim, igualam Lula a Bolsonaro como idênticas alternativas burguesas, o que é uma grande mentira.
Também, é importante dizer que defender o voto nulo nessa conjuntura é fazer o jogo do bolsonarismo. Tal postura é típica de ajuntamentos anarquistas e intelectuais isolados do movimento real da luta de classes.
A partir dessa análise, a Liga Comunista, apesar de ser contra a política de frente ampla de alianças com os golpistas, apoia Lula como tática eleitoral, como parte de uma estratégia mais ampla que busca criar condições para conquistarmos um governo revolucionário dos trabalhadores. Lutamos para que a população trabalhadora que apoia Lula lute pelo seguinte programa:
Programa da Liga Comunista para derrotar Bolsonaro e lutar por um governo dos trabalhadores:
1. Salário mínimo do Dieese, de 6.300 reais, para garantir condições de vida dignas necessárias para uma família da população trabalhadora;
2. Anulação de todas as medidas golpistas: Reforma Trabalhista, do Ensino Médio, do Teto dos Gastos (EC95), Reforma Previdenciária, reestatização da Eletrobrás;
3. Estatização do Sistema financeiro, reestatização do Banco Central, anistia das dívidas para o conjunto da classe trabalhadora, pequenos empresários e pequenos proprietários de terra;
4. Reforma Agrária e Urbana sob o controle dos Trabalhadores, com o confisco do latifúndio e das propriedades da especulação imobiliária. Revolução Agrária nas grandes industrias agrícolas;
5. Estatização das empresas de energia, educação, comunicação, água, luz, internet, transportes.
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