Contra o novo Golpe! Lula presidente!
Construir Comitês populares para derrota Bolsonaro, o STF e todo o regime golpista!
Defender o PCO! Direitos democráticos para os trabalhadores, os oprimidos e suas organizações!
Por um Encontro Nacional de Comitês Populares de Luta
Para impedir o novo golpe, assegurar a eleição e posse de Lula e
Lutar por um governo dos trabalhadores!
Atualizado em 25/6
O declínio do império americano
O século XXI tem sido marcado pelo declínio do imperialismo estadunidense. Os EUA vem angariando derrotas militares e recuando na Síria, Afeganistão, Iêmen e Ucrânia. Têm sido derrotadas as guerras híbridas que orquestrou em Hong Kong, Venezuela, Cuba, Irã, Bielorrússia e Cazaquistão. E o que o preocupa ao imperialismo é o processo imparável de ampliação dos blocos comerciais liderados por China e Rússia.
O imperialismo, está cada vez mais desesperado para manter seu domínio a qualquer custo, recorre a guerras híbridas, golpes de Estado parlamentares, eleitorais, liderados por nazistas, lawfares, massacres, armas bacteriológicas/químicas e pode até apelar a uma guerra nuclear mundial.
No Brasil, o imperialismo prefere Bolsonaro para evitar o fortalecimento dos BRICS com Lula e apoiará o 3o golpe desde 2016.
O partido militar
As Forças Armas são o braço armado do controle imperialista do Brasil, integram a repressão global dos EUA através do Comando Sul. Os generais agem como um partido militar, de forma centralizada, com programa independente do Executivo e orientação internacional. Os militares apoiaram o impeachment e o golpe que tirou Lula das eleições em 2018, já anunciaram seu plano estratégico para seguir controlando o país, nos cargos dirigentes do poder executivo, na manutenção e ampliação das medidas tomadas pelos governos golpistas, na privatização do SUS e das universidades públicas.
A natureza do bolsonarismo
O bolsonarismo é um movimento político projetado para aprofundar o novo ciclo de acumulação de capitais contra a população trabalhadora e as riquezas naturais. O atual governo semifascista é a fração político-policial mais radical da ofensiva do capital financeiro contra o proletariado. É composto por militares, milícias, bancadas da bala, da bíblia e do boi. Surgiu com o golpe dentro do golpe nas eleições de 2018 e foi apoiado por Trump. Se serviu do lawfare promovido pela operação Lava Jato apoiada pelo STF, pelo Legislativo e pela mídia, para se projetar politicamente.
Mas, o bolsonarismo é diferente dos partidos burgueses governantes anteriores, como os tucanos e o PMDB que apoiaram sua ascensão. Essa diferença está na influência de massas, permanentemente arregimentadas e não apenas nas campanhas eleitorais. Por isso, não basta derrotar o bolsonarismo eleitoralmente, é preciso esmagá-lo politicamente, não defender seus representantes sob qualquer hipóteses, não fazer frente única com ele, expulsá-lo das ruas.
O partido judiciário
O STF é o Comitê Central do Partido Judiciário, o poder mais autocrático da República. Quando os partidos tradicionais da burguesia se encontram em crise de hegemonia, outros poderes assumem o papel de “organização da sociedade” e de “direção político/ideológica”. O STF é uma burocracia cooptativa, cuja indicação “biônica” pelo executivo é aprovada pelo legislativo e hoje é o principal “garantista” do processo golpista. O STF e o poder midiático da Globo representam as duas principais frações da oposição burguesa de contenção dos excessos particulares do bolsonarismo pelo bem geral do regime golpista.
A frente ampla do PT com os golpistas
Ao contrário de apostar na organização política da grande massa explorada e oprimida pelos golpistas, de construir Comitês Populares e fortalecerem a luta de rua, sindical e popular, PT, PSOL e PCdoB optaram por ampliar a frente popular com inimigos históricos dos trabalhadores como Alkmin, o PSDB e a Rede. Essa tática pavimenta o caminho de novas derrotas, novos golpes.
A frente popular teria muito maior poder de mobilização social que o bolsonarismo, com a CUT, MST, CEBs, centenas de organizações de massa sindicais e populares, mas renuncia a esse poder em favor da conciliação com frações da burguesia que apoiaram todo o processo golpista contra a própria esquerda e o povo. Por isso, o processo golpista foi revertido na Bolívia, pela pressão popular nas ruas, em um ano, e no Brasil nós estamos ameaçados de sofrer um novo golpe dentro do golpe.
O recrudescimento do regime contra o povo, os lutadores sociais e seus partidos
Conquistada a neutralização do poder de mobilização popular da esquerda liberal-reformista, o processo golpista passa, nesse momento, a sufocar os rebeldes, da resistência virtual (no caso do PCO) a parlamentar (Renato Freitas/PT; Glauber Braga/PSOL) de oposição ao processo golpista/privatista/racista. Perseguem o PCO pela audiência desse partido ter se convertido na extrema esquerda virtual do lulismo. Caçaram Renato por lutar contra o racismo. Perseguem Braga por questionar a privatização da Petrobrás. Paralelamente, aumentam a repressão contra a população explorada e oprimida com métodos fascistas. Foi o caso da execução sumária de Genivaldo de Jesus Santos em Sergipe na “Câmara de Gás” da polícia rodoviária federal, em uma clara operação de terror de Estado, quando Genivaldo cometia a mesma infração de trânsito que Bolsonaro comete em suas motociatas. Executaram o indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Philips no Amazonas por serem obstáculos à política de expropriação violenta das terras indígenas e recursos naturais promovidos pelo regime burguês bolsonarista.
É possível derrotar o novo golpe
Como na Bolívia, é possível derrotar o golpe, prender Bolsonaro, seguir a luta para quebrar o ciclo de acumulação apoiado na superexploração dos trabalhadores e pelo socialismo. A tarefa central da classe trabalhadora nesse momento é derrotar o movimento bolsonarista. É preciso evitar sua reeleição/golpe, derrotar a estratégia do partido militar, e a dos partidos judiciário e midiático (que visam disciplinar o lulismo), e estatizar todas as empresas estratégicas, incluindo a mídia e o Banco Central para liquidar com o ciclo de acumulação golpista.
Por um Encontro Nacional de Comitês Populares de Luta
Na guerra contra o fascismo/imperialismo apoiamos criticamente a candidatura Lula. A força popular dessa candidatura deve ser agrupada e organizada para a luta em comitês em cada local de trabalho, moradia e estudo. Precisamos realizar um Encontro Nacional desses Comitês Populares de Luta para preparar a resistência ao golpe em curso, defender o direito do proletariado eleger Lula e garantir que seu mandato atenda as reivindicações pelas quais a população trabalhadora vota no candidato do PT.
É preciso:
Revogar todo o legado jurídico político de ataques aos direitos e condições de vida da classe trabalhadora (contrarreformas e privatizações).
Congelar os preços das mercadorias e tarifas/tributos.
Repor todas as perdas salariais do período.
Para derrotar o bolsonarismo e o golpismo nas urnas é preciso mobilizar a população nas ruas.
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