Convocatória por uma Declaração Internacional de Primeiro de Maio de 2022
Histórico dessa Campanha
O grupo Consciência de Classe da Austrália e EUA e a Liga Comunista do Brasil e lançaram um chamado para que organizações e indivíduos assinem uma carta aberta a ser distribuída em 1º de maio de 2022 em defesa das Repúblicas Populares de Donbass na guerra contra a OTAN, que tem a Ucrânia e seus nazistas como testas de ferro. Defendemos o direito da Rússia de se defender contra a expansão imperialista em direção ao Leste.
A carta aberta espera aproveitar o impulso do painel iniciado pelos dois grupos realizado em 26 de março “Marxistas se manifestam contra o conflito entre a Rússia e o imperialismo”. À medida que a ofensiva imperialista se aprofunda na Ucrânia, a tensão por uma 3ª Guerra Mundial se acentua. É uma tarefa política essencial para as forças anti-imperialistas também aprofundar nossa colaboração. Devemos trabalhar juntos para construir a direção socialista de um movimento genuinamente anti-guerra que seja construído sobre os objetivos duplos de combater o imperialismo e construir o socialismo.
Para assinar a carta, envie um e-mail para: ClassConscious@protonmail.com ou emancipacaotrabalho@gmail.com. Alguns dos grupos envolvidos no painel de 26 de março estão fazendo um chamado para ações conjuntas no primeiro de maio através de marchas em uma coluna de frente única nas marchas do primeiro de maio. Esta é uma iniciativa política à parte. Para participar desta iniciativa, envie um e-mail para mayday2022@protonmail.com.
Até agora, nossa declaração antiimperialista em defesa da Rússia e das Repúblicas Populares do Donbass para o 1º de maio de 2022 já foi assinada por mais de 20 organizações e ativistas das Américas, Europa, Ásia, Oceania e África, publicada em dezenas de sites, impressa e distribuídos em mais de uma dúzia países, em inglês, russo, português, espanhol, grego, coreano, francês e bengali!
Abaixo a guerra imperialista por procuração da OTAN na Ucrânia!
No primeiro de maio, o dia internacional da solidariedade dos trabalhadores do mundo, os seguintes grupos e indivíduos proclamam nossa oposição unida à maior ameaça à classe trabalhadora global: a guerra imperialista.
Declaramos nossa recusa em nos acomodar sob a ofensiva de guerra do imperialismo mundial contra a Rússia. Nós hasteamos em nossas bandeiras hoje:
• Abaixo a guerra imperialista por procuração da OTAN na Ucrânia!
• Pelo direito da Rússia de se defender contra a invasão imperialista!
Aqueles da esquerda que procuram amenizar a propaganda da classe dominante reduzindo este conflito global a uma luta nacional pela “autodeterminação” ucraniana ignoram que:
Embora a Rússia seja um estado capitalista desde 1991, não é uma potência imperialista. O imperialismo é mais do que quando um Estado emprega força militar contra outro. O imperialismo é uma fase do capitalismo representada pelo domínio do capital financeiro. A Rússia não faz parte do “clube imperialista”, mas de uma economia capitalista dependente e relativamente atrasada.
A operação militar da Rússia na Ucrânia é um esforço desesperado para impedir que Kiev seja usada como ponta de lança dos planos estratégicos do imperialismo ocidental por transformar a Rússia em uma semicolônia para saquear seus vastos recursos internos. A integração da Ucrânia na máquina de guerra da OTAN estava bem avançada antes da operação militar defensiva russa. A Rússia enfrentava a perspectiva de toda a sua fronteira ocidental se tornar parte da aliança da OTAN e um palco para a implantação de armamento avançado, incluindo armas nucleares, sistemas de defesa antimísseis e tropas voltadas diretamente para a Rússia.
O Golpe Maidan de 2014, liderado por tropas de choque fascistas no país e guiado pelo imperialismo dos EUA, instalou um governo fantoche eficaz em Kiev. Desde o golpe, este governo não foi apenas uma ferramenta do imperialismo dos EUA, mas reprimiu violentamente todos os esquerdistas, reprimiu os de etnia russa e outras minorias. A repressão provocou uma sangrenta guerra civil na Ucrânia quando os moradores do Donbass criaram as Repúblicas Populares de Donetsk e Luhansk para se defender do regime violentamente russófobo de Kiev e seus cães de ataque fascistas.
É por isso que rejeitamos a política de “derrotismo revolucionário” defendida por muitas tendências marxistas centristas. Não basta apenas se opor à intervenção da OTAN na Ucrânia. A oposição ao imperialismo significa estender o apoio aos que estão nele diretamente em sua mira. Isso significa oferecer apoio tanto às Repúblicas Populares de Donetsk e Luhansk quanto ao Estado russo. A Rússia tem o direito de defender sua soberania pela força militar contra a guerra por procuração do imperialismo.
Também estamos comprometidos com a verdadeira independência da Ucrânia. No entanto, isso não pode ser alcançado sob a égide de uma aliança de guerra imperialista que está usando a Ucrânia como peão.
Opomo-nos à guerra por procuração na Ucrânia porque é parte da ofensiva do imperialismo em direção a 3ª Guerra Mundial. Isso ocorre durante esse período de declínio imperialista contra seus rivais na Europa e de crescimento da China. As rivalidades são alimentadas pela atual crise econômica capitalista aprofundada pela pandemia de Covid-19. Uma vitória da OTAN na Ucrânia não levaria à paz, mas apenas adiantaria os planos de guerra do imperialismo contra a China.
Uma guerra entre a OTAN e seus aliados contra a Rússia ou a China corre o risco de acabar com bilhões de vidas em uma guerra nuclear e desencadear horrores que fariam parecer pouco os piores infernos e sofrimentos vividos nas duas guerras mundiais do século 20.
No 1º de maio, nos comprometemos não apenas com a resistência ao imperialismo, mas também com a construção de um movimento independente da classe trabalhadora internacionalmente para derrubar o capitalismo por meio da revolução socialista mundial. A assinatura e partilha desta declaração no 1º de Maio visa começar a reconstruir ligações concretas entre as forças marxistas genuinamente anti-imperialistas como parte deste processo.
A luta contra o imperialismo deve ser forjada em uma luta contra o sistema capitalista e todas as classes dominantes capitalistas! A guerra só terminará verdadeiramente quando não houver mais estados-nação ou classes sociais!
Trabalhadores do mundo uni-vos!
Organizações que já assinaram:
Grécia
Coreia do Sul
Grupo Bolchevique (볼셰비키그룹)
Costa Rica
Nova Zelândia
Anti-imperialist Aotearoa
Austrália e EUA
Consciência de Classe (Class Conscious)
EUA
Socialist WorkersLeague / CLQI
Socialist Unity Party
PlanningBeyond Capitalism
Socialist Party
Young People’s Socialist League
Friends of the Soviet People
Tendencia Militante Bolchevique / CLQI
Liga Comunista / CLQI
Partido Comunista do Povo Brasileiro
Fração Trotskista / Vanguarda Revolucionária
Fronteira Vermelha
Partido Comunista dos Trabalhadores Brasileiros/PCTB
Assinaturas Individuais:
Bangladesh - Mohammad Basir Ul Haq Sinha
Nigéria - David Ajetunmobi, Nigeria Automobile Technicians Association, NATA
Suíça - Willi Eberle
Austrália - Irene Bolger; Anthony Hubert Codjoe; Candice McKenzie
Cazaquistão - Botagoz Datkhabaeva
Grã-Bretanha - James Hall; Jim Greenhow; Paul Humphries; Clive Healiss
EUA - Mike Gimbel, Retired Executive Board member, Local 375, AFSCME, AFL-CIO; Greg Rosen; Mike Gimbel; Alex Jordan Dillard; Mark Andresen; Elizabeth Hoskings; Moises Delgado, Tim Lauby.
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