A Questão Ucraniana, o imperialismo e prelúdio de uma assombrosa tormenta
David Rodrigo e Christian Romero
Em uma bucólica tarde de sábado de fevereiro, Vladmir Putin e Joe Biden realizaram um convescote eletrônico. No encontro, os embusteiros de Washington realizam uma maratona diplomática envolvendo toda a tecnocracia, a parafernália de blefes fajutos de chancelaria, ventilaram uma boataria para justifica sua intromissão na questão ucraniana. O boato era o de que Moscou ameaçava invadir Kiev. A frenética movimentação das tropas Russas nas regiões fronteiriças da Ucrânia seria sinal da iminente investida russa.
Moscou,
por sua vez, acusa Washington de usar a Ucrânia para ampliar sua presença
militar em toda região, estender e capilarizando o domínio e a influencia da
OTAN, representação militar do imperialismo estadunidense e de seus satélites
atlanticistas.
Provocações,
ameaças dissimuladas e ostensivas. Exibição de força e poderio militar. Intensificação
de exercícios militares de forças russas, ucranianas e da OTAN, na Criméia,
Bielorússia, Moldávia e na costa do Mar Negro. Tudo isso amplificou a histeria
e só aumentou as tensões entre Washington e Moscou. Podemos dizer, que isso não
é novidade, operações constantes a muito tempo vêm ocorrendo no mar territorial
Russo, nas franjas do Mar Negro e de Azov, sobrevôos no seu espaço aéreo ao
longo da sua fronteira ocidental e operativos militares com incursões
terrestres, utilizando tropas regulares de países da coalizão da OTAN e de
forças irregulares e paramilitares. São normais desde que a Rússia recuperou o
território da Criméia e do estabelecimento das republicas autônomas do Dombass,
cuja população é de maioria nacional russa, na parte oriental da Ucrânia, resultado
do fracasso do protocolo do acordo de Minsk, estabelecido em 05 de setembro de
2014, sob os auspícios da OSCE (Organização para Segurança e Cooperação na
Europa), engendro atlantista e fiador do cessar-fogo, descumprido escandalosamente
pelas forças ucranianas.
Serguei
Lavrov e Antony Blinkem, trocam farpas nos bastidores, Emmanoel Macron se
movimentou assumindo o papel de mediador, em uma ginástica febril entre Washington
e Moscou, no sentido de evitar um desfecho belicoso da questão ucraniana, já
que França e Alemanha não têm interesse. Apesar de entrarem numa rota de
colisão com Moscou, não desejam agir como joguetes dos interesses do
imperialismo estadunidense em uma “guerra sob procuração”.
As Tensões escalaram, “quem semeia vento
colhe tempestade”
Na Conferência
de Segurança de Munique na Alemanha, realizada em 19 de fevereiro, reuniram-se o
primeiro ministro do Reino Unido, Boris Johnson, o prócer francês, Emnanoel
Macron, o primeiro ministro alemão, Olaf Scholz e a vice presidente do EUA,
Kamala Harris. O consorcio imperialista que se reune desde 1963 em Munique. A
reunião de 2022 armou um palco para o satírico Zelensky vociferar apelos de
socorro e auxílio aos seus amos imperiais e exacerbar os ânimos, amplificando
as tensões em altissonante diapasão político.
Em 24
de fevereiro, Moscou declara formalmente guerra a Ucrânia, desfechando uma ação
militar de envergadura nas três dimensões operativas, terrestre, aérea e
marítima, obedecendo o que preconiza sua doutrina militar de ofensivas
combinadas, com operações simultâneas, com primazia nas operações aéreas para
destruir infra-estrutura, e eliminar as linhas de defesa antiaérea, comunicação
e de abastecimento. Essa ação militar foi um ato contínuo após reconhecer
democraticamente a soberania das republicas autônomas do Dombass.
Na
verdade, a medida de força russa é uma reação legítima a pressão do cinturão
sanitário em torno da extensão de toda sua fronteira ocidental, a partir das
ex-republicas populares e socialistas do Leste, incorporadas a OTAN, Estônia,
Lituânia, Letônia, Polônia, e da ameaça ucraniana de entrada na OTAN, que visa
a asfixia da Rússia e em ultima instancia, neutralizar a influencia em todas as
esferas, da comercial a militar, do bloco Sino-Russo no ocidente da Europa;
Em uma
ação intempestiva, Moscou objetiva romper o cerco continental impetrado pelo
imperialismo estadunidense e seus satélites da OTAN, sua gendarmeria atanticista,
usando acintosamente a Ucrânia como carne-de-canhão. Portanto, a ação militar
Russa se reveste de um aspecto militar defensivo. Ao mesmo tempo é uma
intervenção asséptica, para garantir franquias democráticas das republicas
autônomas do Donetsk e Lugansk, assim como o direito a soberania das minorias
nacionais na ucraniana, como poloneses, croatas, albaneses ECT e tal.
27 de
fevereiro, as tropas Russas cercam Kiev. Debandada das tropas oficiais
ucranianas e dos bandos armados fascistas. Não tarda a Kiev sitiada cairá sob
as botinas da infantaria russa. No dia seguinte, se entabulou nas fronteiras da
Bielorússia negociações de um cessar-fogo, que fracassou rotundamente, que a
esta altura só interessava a Ucrânia.
O que esta por detrás da mistificação da
Questão Ucraniana
A
questão ucraniana não se trata de volúpia guerreira de ambos os contendores. De
um lado, o imperialismo estadunidense e de outro a Rússia. Por detrás da pueril
superficialidade e unilateralidade da nuvem densa de analises que se estendem
por toda espectral política. O que de fato está por trás da questão ucraniana,
devemos descortiná-la, elucidando seus aspectos centrais, do econômico ao
político e finalmente seu aspecto militar, quais interesses e implicações
geoestratégicas e políticas envolve a questão ucraniana.
Importante
indagar: por que a toda a investida do imperialismo depois do colapso da URSS
em suas ex-republicas populares e socialistas foi no sentido de balcanização,
fragmentação, pulverização, cizânia nacional? O ocidente estimulou rivalidades
étnicas adormecidas, preconceitos e idiossincrasias culturais a muito
suplantadas pela coexistência harmônica de populações e minorias nacionais no
interior desses países. Enquanto a Ucrânia estimulou a política balizada pela indivisível
integridade da unidade nacional, suprimindo o direito das minorias e sufocando
os movimentos separatistas pro-russos.
A Ucrânia
sempre foi território Russo. Kiev, sua capital, se constituiu como primeira
capital do império Russo. Enquanto Moscou era um sonolento e denso bosque, sua
posição geoestratégica e a extensão territorial ao longo da fronteira ocidental
russa e margeando o Mar Negro lhe reveste de uma importância singular do ponto
de vista não apenas meramente militar. A Ucrânia é a segunda mais populosa das
15 ex-republicas da URSS. Concentrava boa parte da produção industrial e do
complexo militar russo, incluindo a frota naval do Mar Negro.
Além
do mais, a Ucrânia ficou com espolio nuclear da ex-URSS até 1996, sendo o
terceiro pais do mundo em numero de ogivas nucleares, o Memorando de Budapeste,
assinado na Capital da Hungria em 05 de dezembro de 1994, foi uma espécie de
Tratado de restrição do uso de armas nucleares que estavam sob controle de
ex-republicas da URSS como Bielorússia, Cazaquistão e Ucrânia do qual foram
signatários Rússia, Reino Unido, Estados Unidos e depois França, China, previa
a devolução deste arsenal a Rússia como parte da des-nuclearização.
A Economia-Política do Imperialismo e a
Guerra
A
economia política do imperialismo – em sua quinta etapa de hiper-financeirização
e trans-monopolista – vem conduzindo a uma bancarrota a economia dos países
metropolitanos, arrastados por uma crise geral de superprodução. O sistema do
capital se caracteriza como modo de produção, exatamente pela primazia da
produção de mercadorias, como caracteriza, o próprio Marx, no primeiro capitulo
da sua obra magna, O Capital, que não por acaso trata da Mercadoria, ele inicia
explicando sinteticamente: “A riqueza das sociedades nas quais reina o modo de
produção capitalista, aparece como uma enorme coleção de mercadorias”. As
potencias metropolitanas capitalistas ao transferirem quase toda sua produção
para o oriente, se desindustrializando, na sua crença idílica na “nova religião
do capital” a ficção de que o “dinheiro” sem vinculo com produção de mercadoria
pode em um movimento autômato, endógeno e espontâneo operar sua
auto-reprodução, ou seja, em ”dinheiro” que se transforma em mais “dinheiro”,
em uma escala ascendente e interminável, redundou no franco debilitamento das
potencias atanticistas, deixando em frangalho a potencia hegemônica, o cento imperialista, o
imperialismo estadunidenses, que atualmente vem se convertendo em uma economia
cada vez mais importadora, enquanto a China se alçou a condição de maior
produtora mundial de mercadorias.
Todas
as potencias que dominaram a hegemonia mundial no período que vai da
consolidação do capitalismo e de seu desenvolvimento monopolista, ou seja, seu estágio
imperialista, desde 1871, a exemplo da Inglaterra, com seu vasto império
colonial, depois os estados unidos e então a aspirante Alemanha, tiveram como
centro nervoso a produção e exportação de mercadorias, ao renunciarem esta
condição basilar também são ameaçadas de perderem o controle hegemônico
mundial.
A
política ostensiva de estabelecer um cinturão sanitário nas fronteiras
ocidentais russas corresponde ao cerco continental, que visa o controle
regional dos Bálcãs, do Mar Negro e do Mar de Azov, visando neutralizar a imparravel
penetração Sino-Russa e sua ampla influencia na parte ocidental européia, ou
seja, criar obstáculos a penetração das “novas rotas da ceda” e do bloco
Eurásico, que açambarca suas cambaleantes economias e as tornam cada vez mais
dependentes, vide bula, sem o Gás russo, o pais mais industrializado da
península européia, a Alemanha, imperialismo dependente, ocupado militarmente
pelo imperialismo estaduninsense, paralisa sua produção industrial e a
totalidade da Europa definha sem calefação domestica, no rigoroso inverso do
norte, a Alemanha amargara as piores conseqüências.
A
expansão ilimitada da OTAN sob os escombros das ex-republicas populares e
socialista da extinta URSS, serve apenas as sinistras finalidades
geoestratégicas do imperialismo estadunidense e, sobretudo, neste período de
crise hegemônica, significa uma constante declaração de guerra, que ameaça o
bloco Eurásico, que não interessa nem a Rússia, nem a China, tão pouco as
demais potencias regionais e aspirantes a hegemonia, se a coalizão da OTAN sair
vitoriosa, significa um maior isolamento da Rússia e sua balcanização, a sua
pulverização, o que representa uma ameaça ainda maior para china.
Como
afirmava um dos maiores teóricos da guerra moderna, Carl Von Clausewitz, em seu
compendio Da Guerra, que a guerra possui uma relação intrinsecamente dialética,
dinâmica, portanto, não estática, com a política e com ela possui uma relação
de interdependência, não estando apenas sujeita as arbitrárias volúpias
guerreira de indivíduos ou grupos, obedecendo a leis objetivas, como
prolongamento ou exercício da política, levada a cabo por outro meios, que não
os estritamente políticos normais, corriqueiros e típicos, como Lênin,
explicava, parafraseando Clausewitz, que : “a política é a expressão
concentrada da economia e a guerra é a expressão concentrada da política”.
A
geopolítica, ou melhor, a política do imperialismo é estrangular a coalizão
Sino-Russa, inviabilizando a expansão econômica de todo tipo de expediente, que
vai da chantagem diplomática, do blefe político a ação militar propriamente
dita.
Não
podemos descartar a possibilidades de guerras colaterais, regionais, furtivas
de pequena ou media envergadura e escala, nos Bálcãs ou investidas de Guerras
não convencionais e de operações de GBI (Guerras de Baixa intensidade) e de
formas de guerras Hibridas, como ocorreram na própria Ucrânia, Belarus e Cazaquistão.
Portanto,
esta arquitetura geopolítica que o imperialismo estadunidense que imprimir,
corresponde a Nova etapa de desenvolvimento do imperialismo e a crise de
hegemonia, com as alterações da composição orgânica e de alteração de fundo dos
padrões de acumulação e de valorização de capital globalmente.
Assim,
toda essa pirotecnia política da OTAN, seus consortes, e toda mídia do império
tem dois objetivos econômicos e um político-militar, a saber: os objetivos
econômicos; impedir a todo custo à incorporação peremptória e integral da
península Européia as novas rotas da seda e a expansão Chinesa. A substituição
da Rússia pelos norte-americanos no fornecimento do Gás para Europa, eliminando
a dependência da Rússia, tornando-a mercado cativo dos EUA. O objetivo militar;
ampliar e incrementar o arsenal dos países limítrofes da fronteira ocidental
russa, as ex-republicas populares e socialistas, inclusive distribuindo um
cinturão de mísseis balísticos de maior alcance, velocidade e capacidade
destrutiva, isso pode eliminar ou retardar e muito uma reação e resposta russa,
misses balísticos estacionados na urânia, podem levar apenas 5 ou 10 minutos,
para percorrer sua trajetória e atingir importantes cidades como São Petersburgo
e a capital Moscou, sendo fulminante e fissurando as linhas de defesa russa, a
velocidade e a menor distancia, no caso de um cinturão de misses estacionados
na Ucrânia significaria colocar a Rússia de joelhos ao caprichos políticos do
império.
O cerco continental é complementar ao
cerco marítimo.
O
cinturão sanitário ao longo de toda extensão fronteiriça nas bordas da Rússia
que se constitui enquanto cerco continental, sem duvida é uma resposta a
válvula-de-escape que a china astutamente desenvolveu para escapar do cerco
marítimo no pacifico, em torno do golfo do Vietnã-Malásia, especificamente no
estreito de Málaga, além da Austrália e do Japão (remilitarizado), o
imperialismo estadunidense agrupa varias bases militares na região do pacifico,
uma das maiores é a ilha de Guam. Através das águas do Mar do Sul da China
transita mais de setenta por cento de todo varejo mundial de mercadorias.
Os
chineses para escapa do cerco no pacifico imposto pela AUKUS, replica da OTAN
nas turbulentas águas do pacifico, composta pelos EUA, Reino Unido, Austrália,
Nova Zelândia e com possibilidade de atração e incorporação do Japão,
estabeleceu, após a retirada forçada dos norte-americanos do território Afegão,
o porto de Guatar no Paquistão, passando pelo corredor Afegão, com conexão no
canal de Suez no Egito ou através do golfo pérsico e do estreito de Ormuz com apoio
e suporte Iraniano, uma nova rota marítima alternativa, o que contraria
frontalmente os interesses geoeconômicos e geoestratégicos do império
decadentista.
Não
mais será, apenas por energia e água as contendas mundiais, os semicondutores,
a física quântica, a nanotecnologia será também um dos fios condutores das
disputas entre as potências na redefinição de fontes de materiais primas e
áreas de influencia e mercados. As reservas de lítico e o domínio no
processamento e fabricação de semicondutores será a pedra de toque no próximo
período, Taiwan que esta a 160 km da China continental, banhada pelo Mar da
China oriental e meridional, ilha que se tornou um enclave e protetorado
norte-americano, embora território chinês, controlado pelos “nacionalistas” do
Kuomitang, detém a maior fabrica destes e outros componentes eletroeletrônicos,
deve ser levada muito a serio, quanto falamos da cobiça das potencias
metropolitanas e do direito da China continental de reincorporá-la, assim como
Hong Kong, inúmeros interesses convergem sobre a questão a polemica
reincorporarão de ambas as ilhas ao domínio da China continental.
Prelúdios de guerra imperialista mundial.
A
escalada guerreira não tende ao fenecimento, pelo contrario, estamos no limiar
de uma época histórica, em cujo centro dinâmico esta no deslocamento do eixo
hegemônico de dominação mundial.
Todas
potencias, sejam metropolitanas ou regionais, são aspirantes ao Hegemon, ou
constelam em torno de outras que o são, entretanto, todas estão envoltas no
espiral de uma nova hecatombe de magnitude global.
Lembremos,
a primeira e segunda guerra imperialista mundial não foram deflagradas abrupta
e subitamente, um concurso de circunstancias político-militares as
condicionaram e muitos eventos antecedentes influíram para sua ignição. Senão vejamos: a primeira guerra imperialista
mundial se iniciou depois do assassinato do arquiduque Franz Ferdinand, por um nacionalista
Sérvio-Bosnio, em mio a turbulência entre a Tríplice Entente e a Tríplice
Aliança, em julho de 1914. Já a segunda guerra imperialista mundial pavimentada
pelos resultados políticos-militares da primeira, teve seus antecedentes e
pontos de iguina ocupação da Manchúria pelas tropas do Japão, estabelecendo um
estado fantoche na fronteira oriental chinesa em 19 de novembro de 1931 e
posteriormente com a invasão da Polônia pelas tropas Alemães em primeiro de
setembro de 1939.
Rufam-se
os tambores.
No Caso da Questão Ucraniana de que lado
ficam os Socialistas Revolucionários
O
defensismo revolucionário, preconiza que os socialistas revolucionários têm a
obrigação política de se posicionarem ao lado dos países oprimidos pelo
imperialismo, no caso, ficamos ao lado da Rússia, país que, por suas
características, não é uma semicolonia, muito menos uma potencia imperialista.
Com a
restauração capitalista e o desmantelamento da URSS a Rússia, viu sua economia
degringolar sob o controle das máfias, sob os escombros da URSS o que restou
foi a herança do fantástico arsenal militar e do robusto parque industrial
pesado e de transformação, após a dissolução da URSS e desmantelamento do pacto
de Varsóvia a Rússia não invadiu nem um pais e não operou nem uma intervenção
militar visando expandir domínio e controlar áreas de influencia e mercado,
enquanto o imperialismo estadunidense, cristalizou sua presença militar na
Europa através da OTAN, expandindo suas bases e avançando a leste, tem
distribuídas em todo mundo mais de 800 bases militares, e invadiu
desestabilizou regimes políticos e assassinou chefes de estado em mais de 50
países a serviço de sua geopolítica carniceira.
O fato
de Moscou em uma ação defensiva, com primazia na defesa de seu território, e
apoio democrático as soberanas republicas autônomas do Dombass, esta efetivando
operações militares de larga monta, e isso não faz da Rússia uma potencia
imperialista, quem isso afirma, ignora em absoluto o que é o fenômeno
econômico, político, militar e cultural que é o imperialismo, equivale dizer
que o Iraque, no episodio da guerra do golfo, por ter invadido o vizinho Kuwait
seria também um país imperialista.
Os filisteus
pequeno burgueses e os revisionistas do trotskismo, quase todos de matriz
morenista, fazem apologia do direito abstrato da inalienável “autodeterminação”
e apelam para a derrota da Rússia na Ucrânia, o que equivale, evidentemente os
vassalos esquerdistas se localizam ao lado em defesa da coalizão imperialista,
perfilam-se, sob a chefatura do imperialismo estadunidense e sua representação
militar a OTAN.
Quando
as forças imperialistas invadem, deixando um rastro de destruição em países
como a Síria, Líbia, Etiópia etc, massacrando a população civil os filisteus
pacifistas e os revisionistas do trotskismo, não vociferam seu repudio e
condenam a agressão apelando ao direito inalienável à autodeterminação e
soberania das nações oprimidas, pelo contraria confraternizam docilmente com os
amos imperiais.
As
invectivas esquerdistas e o palavrório radical dos revisionistas do trotskismo
e os pacifistas de salão, não passam de uma cortina-de-fumaça, a neutralidade em
tela, equivale a tomar o partido do opressor em detrimento do oprimido, vejam o
que diz a LIT-PSTU: “Pela derrota da coalizão russa na Ucrânia”, de que lado
esta a LIT-PSTU. Os morenistas do Esquerda Diário dizem: “Não a guerra na
Ucrânia: Fora as tropas de Putin, abaixo a OTAN e o imperialismo”. O MRT-PTS
alardeia: “Não à guerra, fora a OTAN e Rússia da Ucrânia”, o MES não distingue
agressor de agredido e estampa a palavra de ordem: “Abaixo a agressão russa
contra a Ucrânia”.
São
incapazes de entender que a vitória Russa poderá, também, significar, a
liberação de energias revolucionárias represadas e uma nova onda de revoluções
de libertação nacional.
A catástrofe nos ameaça, “como combatê-la”
Toda
guerra assumi feições catastróficas, independente da sua dimensão e extensão,
nós socialistas revolucionários somos contra a guerra, mas não em abstrato. Nos
opomos as guerras reacionárias, imperialistas, de pilhagem e rapina; nos opomos
as guerras injustas, de dominação, entretanto, apoiamos incondicionalmente todas
as guerras revolucionárias de libertação nacional e social, não nos confundimos
com toda malta hipócrita de pacifista vulgares que desfilam com sua cantilena
niilista nos salões políticos da plutocracia ou com a malta dos revisionistas
do trotskismo.
A
tarefa dos socialistas revolucionários é se opor com contundência as guerras
reacionárias, como são as guerras mundiais imperialistas, que é a forma suprema
de solução de suas contradições intestinais, mas uma vez que são, desencadeadas
tais guerras, a nossa tarefa converte-se em transformá-las em guerra civil
mundial, mobilizando vigorosamente todas as nossas forças com energia.
Se há
uma catástrofe iminente que nos ameaça, como uma guerra imperialista mundial em
disputa pela hegemonia, transformemo-la em guerra civil mundial.
Repetimos,
enfaticamente, jamais os socialistas e revolucionários serão neutros, sempre e
invariavelmente nos posicionaremos incondicionalmente ao lado dos países e
nações oprimidas pelo imperialismo.
No
caso da Ucrânia, apoiamos incondicionalmente a ação defensiva russa e a
intervenção de apoio democrático ao direito a soberania nacional das republicas
autônomas de Dombass.
Estamos
pela imediata derrubada do governo fantoche de Zelensky, esmagar as hordas
fascistas, desmilitarizar a Ucrânia e reconhecer o direito as franquias
democráticas e a soberania popular das minorias nacionais em território
Ucraniano.
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